Fernando estava apaixonado, já não sabia mais o que fazer.
Gostava daquela menina dos cabelos crespo. Fernando não podia mais fechar os
olhos, por que via na escuridão o rosto dela. O sorriso dela pleiteava seus
sonhos. Seus olhos ele mirava em direção do brilho do sorriso daquela menina. Não
entendia a angustia. Ela estava distante dele. Ele devia resolver situações
pendentes. Durante o dia ela ficava ausente. Esta ausência gerava uma carência
em Fernando. Que queria estar com ela a todos os momentos. Fernando buscava
coisas para se distrair. Mas não sabia mais o que fazer. Era somente a voz dela
que acalmava ele. A voz dela o fazia ele cintilar. Seu espírito se tornava
calmo. Uma onda de paz entrava por efusão em seu ser. Seu sorriso se abria. Ele
suspirava ao escutar aquela voz. Falava com ela de olhos fechados. Assim podia
imaginar seus corpos se unindo. Fernando necessitava dela urgentemente. Era
curioso, pois os dois nunca tinham trocado carinho físico. O beijo primário
ainda não tinha gosto. Mas ele concebia o momento do toque dos lábios. Não
sabia a temperatura das mãos dela. Fernando explodia em paixão. Necessitava,
daquela menina. Ela se tornará substancia vital. Ele fazia de tudo para não
pensar nela o tempo todo. Mas era impossível. Tudo a lembrava. As musicas, as
flores, a comida, o vinho, a poesia. Não era possível manter distancia.
Fernando atravessava momentos delicados. Projetos de vida tendo que ser
reescrito. Era necessário regressar para iniciar uma nova historia. A agonia
inebriava sua postura. Sentia por vezes vontade de chorar, sozinho, abandonado,
solitário. E por vezes sentia necessidade de sorrir. Sorrir por amar. Sempre os
risos libertavam as lagrimas. E ele sorria entre lagrimas. É verdade que fazia
tudo isso sozinho. Mas Fernando sabia que estava fazendo o sensato. Vida nova.
E queria que ela estivesse nesta nova vida. Queria que ela fosse parte desta
nova vida. Fernando sorria calado, fechava os olhos para ver e imaginar ela,
sonhar com os beijos.
Rodrigo szymanski
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