Hoje assentei para tentar escrever. Normalmente as palavras
surgem automaticamente. São versos confusos. Faço a faina de arriscar juntas e embaralhar
expressões. Misturo os sentimentos e os sonhos. Às vezes nem sei por que
escrevo qualquer coisa. As palavras surgem e caem no papel. São sonhos que me é
devido. São sentimentos reservado a mim. Mas, nem sempre. Por vezes pego cedido
sentimentos e sonhos de outros. Confundo tudo e não sei o que é meu. Mas, são as
palavras que me movimentam. Não sei escrever, além disso. Sou mais um
misturador que um escritor. Fico indigesto quando pessoas interpretam minhas inspirações.
Ate fico acovardado por vezes de escrever. Pessoas me indagam o motivo da
poesia. Não sei replicar. Nem sempre o que exponho é. Mas sempre é o que descrevo.
Um grupo seleto de amigos/as quando lêem sabem o que estou pensando. Estas não me
indagam. Permuto tudo. Não sei o que me dizer respeito. Escrever mesmo que eu não
saiba. É uma fuga da monotonia da realidade. Eu só escrevo o que é fidedigno. Mas
é um real ideal com fuga. Uma fuga que se torna rotina de história. Não são mentiras
nem quimeras. São palavras que germinam. Que fazem sentido. Mas que não tem esclarecimentos.
Rodrigo Szymanski
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