quarta-feira, 6 de agosto de 2008


Amarelo era um céu amarelo
Se tornando verde como o azul estranho
Minha cara de homem tão criança
Apenas uma triste dança de envelhecer
Roda de girar cantando como a poesia eclética de um mundo mais negro afro
Branco como eu tão escuro como o dia que vem nascendo pra quem não abre a janela para o mar
Pássaros que voam em busca do céu para saltar
Olhando para a terra e vendo sonhos subir como fumaça
Tudo se roda quando se é criança
Vem comigo dançar uma ciranda?
Ser sem dor, com mais amor
Vamos se balançar ate a noite chegar trazendo fome
Vamos correr ate a mesa comer doce com pão
Geléia de morango com limão
Vamos logo me de sua mão
Para ir ate uma pedra de água caída
Vamos desenhar um céu mais azul como o sol amarelo
Rodar como a ciranda da nova dança
Quero ser sua criança
Vamos dançar sobre a relva noturna
Sobre o céu tão, tão, tão, tão igual a tudo que sempre se vi
Quero o algodão doce para esquecer meu joelho ralado
Vamos pular como se pula corda
Fazer uma grande guerra noturna de travesseiros
Escutar o que tudo se escuta sem se ser escutado pelos que não sabem escutar
Vamos dançar e ver a noite mais clara
Esqueça que vamos ficar velhos chatos e sem tempo de amar
Vamos como loucos de chapéus de papais viver intensamente
Ser pássaros que voam sem mesmo sair do chão
Vamos olhar para o azul tão azul como o branco de paz amarelo
Vamos antes que o sonho se desperte

Rodrigo szymanski

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