Aquelas mãos que alentavam seu rosto em noite de verão pré-carnaval,
ainda encontrar-se atual na reminiscência. As sinas faiscavam adiante de suas
cabeças que se encontravam concentradas um ao outro. Os lábios lentamente se
tornavam parte em comum. Suas bocas articulavam em sigilo no movimento do Beijo
que acalmava as mentes que nada raciocinava. As suaves mordidas entre carinhos
que percorriam os pescoços alheios arrepiavam os pelo dos braços. Aqueles dedos,
percorrendo o ventre retirando suspiros e vorazes afagos intensos. Os dedos não
se tocavam... Buscavam desvendar jovens caminhos. Careciam versos entre a respiração
ofegante. Esquivavam de seus controles coerentes tudo que era moral. Era alvorada
e a vivacidade afetuosa acrescentava entre eles, aquelas mãos tremulavam que
tocavam o rosto, entre o beijo duradouro e insólito o afugentamento. As mãos, o
Beijo, a espera do amanhecer.
Rodrigo Szymanski
11/03/13
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