-Não pode ser- exclamou ele. Não entendia como poderia
chegar naquele estado. Seus dedos vibravam refletindo a ansiedade que
encontrava seu coração. De longe ele a olhava, parada com sua saia floral até
os pés. E faltava a coragem de se aproximar. Não era tanta falta de coragem. Com
o tempo sobrevindo à noite esfriando, se aproximou. Sem palavras, não muitas
palavras. Os versos não servem muito. O olhar prevalecer-se mais que palavras. Olharam-se.
Um apreciar intenso, acanhado, acelerado. Sem palavras para corromper o
momento. Tão-somente o olhar. E por fim acaba-se a ocasião em lábios colados.
Rodrigo Szymanski
10/02/13
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