Seus olhos se cruzaram devagar. As mãos estavam entrelaçadas,
mas não existia palavra alguma. A cabeça dela repousava sobre o peito dele. Seu
rosto se apoiava naqueles cabelos delicados. Ela sentia o coração dele que
batia em ritmos desacelerados. O horizonte resplandecia em seus rostos. Silêncio. Era a única
ação deles. Não necessitavam de vocábulos. Seus corpos se descobriam no segredo
do querer bem. Paz, seus olhos faiscavam paz. Uma paz carinhosa e sutil. O tempo
parecia ancorado no tempo dos dois. Eram unicamente dois. Escasso era o que sabiam
um do outro. Eram diferentes. Os pés zombavam inocência do tempo. Não existia
tempo. Não para eles ali. Talvez fosse a ultima vez. Quem sabe o amor partisse simplesmente
naquela estação. As flores brotavam em
seu tempo. Quiçá as flores ao mesmo tempo amavam como eles dois se namoravam. Os
olhos se cruzam um sorriso delicado nos lábios. O tempo com toda cordialidade permanecia
acuado. Um beijo passou a haver para o delírio das flores que emanavam amor.
Rodrigo Szymanski
03/09/2012
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