quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Canção dos abatidos

A canção dos abatidos se torna infalível
Após a peleja final sanguinária e febril
Uma flor colorindo o meio mundo ameaçador
Os jardins floreiam atrás dos muros privados

Em meio às grades dos educandários ditatórias
Uma lista de livros sem desenhos animados
Em letras fórmicas, idéias liberais monarcas
O sorriso por código se torna amordaçado legalístico

A febre alta expõe a dor do além-túmulo passado
Um amor sem razão imperativa, combinação da agonia hipocondríaca
A covardia converte as rosas em alimento alienado da benesse
Ao meio dia os sinos proclamam a fome como jejum medíocre salvação

Em templos sagrados ritos de purificação da consciência sádica
Cantos ressoam aos ouvidos ensurdecidos desnudos da mídia psicopata
Da lama escrota periféricas ecoa uma canção perdida de júbilo nostálgico
No tenebroso das sobras das elites uma rosa resiste aos agrotóxicos letais

Os muros todos nos chão abocanhados pela terra progenitora
No ar se ecoam serenatas de esperança compreensíveis
O cinza é rompido por gota de cores das crianças emancipas das escolas
A Esperança resiste ao tempo necessário da água banhar as mãos castas operarias

Rodrigo szymanski
24/11/11

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