Hoje perdi meu medo
Aquele medo tremendo da bestialidade
Muitos dos meus caem pelo chão
Sem direito de viver
Os sonhos são esmagados
A vida se passa estranha
Sem rumo sem esperança
A morte é sinal do descaso
Os cemitérios se enchem de cruzes anônimas
As mães solitárias choram e se destroem
No chão possas de sangues e capsulas de balas
E assim varias vidas se extinguem
Os meninos não soltam mais pipas
As meninas largaram a ciranda
Viver é uma estupidez
Destinados aos filhos do capital
A policia mata e não averigua
A justiça condena as vitimas
O executivo extermina os sonhos
O legislativo legitima as lagrimas
A beleza se torna cinza
Do pó viras e para o pó voltaras
Atrás do pó morreras
Ninguém liga pras chacinas
As lagrimas correm em meu rosto
Por tanto desgosto
Sinto na boca um estranho gosto
Amargura!
As igrejas se tornam refúgio
Os pastores pregam o pecado
O dizimo se torna alivio
Do erro de estar ainda vivo
Mais o que fazer?
Nós, futuras vitimas/malditas
A morte nós espera
Sorrindo maliciosamente
Não basta somente acreditar
Não basta somente rezar
Não basta somente falar
É preciso dizer com a vida
"...Vamos juntos/as gritar, girar o mundo.
Chega de violência e extermínio de jovens!"
Rodrigo szymanski
14/06/2010
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