sábado, 22 de agosto de 2009

As crises [2]

As crises [2]
Após a saída e retorno no seminário após um ano de convivência em casa, permaneço mais um semestre e saio do seminário. Agora com 15 anos, uma mentalidade mais adulta, ao retorna para casa, me sinto deslocado no mundo, meus amigos de infância, estavam espalhados, me sentia sozinho e em busca de novas amizades e convívio sociais. Foi com um convite, que inicio a ida a um grupo de oração da RCC, muito forçado, pois não era o modelo de igreja que tinha aprendido no seminário, mais as pessoas me levaram, e o conhecer novas pessoas me fez ficar, no inicio relutava em levantar as mãos, e não o fazia, ate que no primeiro dia que fui, é anunciado à criação de um grupo de jovem. É isso que me fascinou, um grupo de jovem, neste momento não fazia diferença entre modelo de igreja, era um adolescentes descobrindo coisas novas, ouvia nos tempos de seminário um padre que falava em Pastoral da juventude, não tive duvida que, grupo de jovem era da PJ, e assim começo a participar, no inicio não me adaptei, fui algumas vezes e só retornei no ano seguinte.
Era carnaval, era um retiro, as coisas estavam confusas em minha cabeça. Orações em línguas, gente caindo, não sabia e não entendia, aquilo podia ser uma pratica de todos os grupos pensava eu. Mais algo me incomodava por dentro, uma sensação de “o que mesmo que se passa?”, acaba o retiro e a volta pra casa, confesso que algumas coisas mudaram, o ver o mundo, e um grupo se inicia. No inicio éramos um grupo de jovem tradicional, se reuníamos debatíamos temas, fazíamos dinâmicas etc. o grupo começa crescer muito, éramos por volta de 40 e já não éramos mais um grupos, havia rotatividade, algumas pessoas faziam o grupo acontecer, e um dia um debate sobre quem éramos, se deveríamos ou não participar da PJ. Fui o primeiro a sair em defesa da PJ e acredito que o único, achava que a igreja deveria ser una(já não tenho mais esta idéia). Já conhecia a PJ, e as pessoas que ali estavam, me identificava mesmo antes de participar. E assim se da, o grupo era da RCC, mais quem quisesse poderia ir nas atividades da PJ. Eu com 16 anos era filiado ao PT, pensava na política, gostava de política, e ai se abria mais distanciamento de mim e do grupo. Após algumas crises profundas o grupo é dividido, e meu grupo continua uma caminhada como PJ, um momento difícil de transição e de crise, momento de questionar quem eu era de onde vinha e onde queria chegar? Questionar a sociedade e a igreja. As maiorias das ações da RCC já não me agradavam mais, tive certa dificuldade de ser aceito como PJ para algumas pessoas mais de caminhas (coisa, que hoje ainda o faço com jovens da RCC), o tempo e só ele e remédio, e assim segui minha caminhada com a PJ, após uma grande crise existencial. Não sabia quem eu era, mais descobri, talvez muitos hoje me questionam por minhas atitudes perante aos movimentos, por já ter participado, mais acredito que esta experiência foi só para comprovar o que , já queria La nos tempos de seminário.
Hoje não tenho as crises que tinha com DEUS. Hoje minhas crises são com a igreja instituição.
Mais chegue a acreditar que Deus era um mostro, que devorava os pecadores. Queimava em uma fornalha quente. Não entendia por que havia tantas suplicas, tantos pedidos, e tão pouca vivencia comunitária. Não entendia a cura da alma, e o esquecimento da política. Perguntava-me sobre onde estava Deus e onde nos estávamos? Eram dois mundos diferentes, me apresentaram um Deus distante, intocável, que maltratava as pessoas com longos tempos de espera por milagres, e que deverias pensar em si mesmo...
A PJ voltei a reconhecer um Deus La de traz, dos tempos de seminário...
Continua...

Um comentário:

Mari disse...

Uma autobiografia...
;-D
q interessant conhecer o Rodrigo seminarista e o Rodrigo RCC... shaushaushahsa...
Bjs