sábado, 11 de julho de 2009

Um suave vinho seco

Sobre a mesa um vinho
Um suave vinho seco
Tinto
Ao lado uma vela
Interrompo já sozinho
Agora eu e a garrafa
Apago a vela
Prefiro a escuridão
As sobras refletidas já me dão medo.
Assento e com pouca coragem abro
Tiro vagarosamente aquela rolha
Somos dois
Dois solitários
Eu e o vinho (preso em uma redoma de vidro)
Não seria nosso destino a liberdade?
Eu em amar aquela mulher
Você em dar gosto à vida amargurada
Pego uma taça
E saboreio toda a garrafa
Sinto um mal estar
Seria a precisão de amar?
Tento já não outra vez chorar
Deito e fico embebedado de você


Rodrigo Szymanski

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