Como se fosse a primeira vez que te amasse assim, fiquei caído
ao canto de mim mesmo. Não podia resistir a tanta tentação pelo seu corpo ao
meu. Nossos corpos se tocavam em atrito de resistência negada. Era mais que algo
racional não pensava em como seria o amanhã. Beijos que esquentavam o espirito
e acalentavam os sentimentos reservados que se mantinham escondido há tanto
tempo no escuro do coração empoeirado. Seus lábios amaldiçoavam meus lábios com
leves mordidas envenenando assim meu coração que pulsava intensamente sem
compreender. Sua mão percorria meu rosto, segurando firme em meus cabelos. Agora
estava preso em você. Enquanto a noite se desvairava em suor. Percorria seu
pescoço intensamente buscando alcançar seus seios. E deixava tudo que foi e será
esquecido na manhã que se aproxima. A noite acaba, seus beijos fugiram depressa
em longos espaços terrenos de latifúndios cercados pela incerteza daquela noite
de volúpia. Agora resta seu cheiro ainda impregnado em meus desejos vorazes de
te ter por todas as noites.
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