-Oi?- disse ele com medo. -oi- respondeu ela na doçura. Pensou
em como desenvolver as palavras. Não que não soubesse falar. Muito pelo contrario,
ele ate era bom com as palavras. Mas quando estava diante dela às coisas
mudavam. Ele ficava com as pernas bambas. Faltavam palavras. Por vezes após ela
ter ido, chegavam as palavras em sua boca, mas já era tarde. Não, não, nunca é
tarde. Sempre pode ser cedo o bastante. Basta saber. Mas ele não sabia passar do
- oi-. Tinha necessidade de contar tudo. Mas emanava a duvida. Será que ela
necessitava de escutar suas confissões? Ela improvisava o tipo calada. Ele inventava
o tipo que cometia ciclones de idéias. As idéias eram seu maior bem, ele precisava
falar horas sobre o que refletia. Mas será que ela queria escutar? –oi?- e faltou
coragem de continuar dizendo tudo o que ele desejava...
Rodrigo Szymanski
23/08/2012
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