terça-feira, 10 de abril de 2012

opinião sobre "a politica dos carismáticos e conservadores e a antiga critica as Cebs e TL"

Lendo algumas noticias sobre o cenário político do Brasil, para as eleições deste ano, me deparo com uma manchete do site http://www.ihu.unisinos.br, que por sinal é um dos melhores sites de sínteses de noticias com critica católicas. O titulo é “Busca por voto de religiosos mobiliza candidatos em SP”. Não sou da cidade de são Paulo mais, acredito que isso vai alem das relações da política de SP, a matéria é do jornal folha de são Paulo de 08-04-2012.
A matéria fala sobre o “medo” que petistas e tucanos possuem dom candidato do PMDB, “Gabriel Chalita - expoente da Renovação Carismática, corrente conservadora que avança entre os jovens.” Verdade seja dita, sabemos que hoje os carismáticos possuem fortes influencia dobre a juventude católica. A reportagem deixa claro que a igreja institucional não apóia nem um candidato. Mas mesmo assim a matéria declara que:
“Chalita cultiva laços estreitos com dois dos padres mais populares do país, de quem espera obter respaldo, ainda que informal: Marcelo Rossi e Fábio de Melo, ambos campeões de audiência.” É natural que exista uma associação, não só pela minha trajetória na Canção Nova, mas pelos valores em comum", diz o pré-candidato, que usa prédios cedidos por paróquias para reuniões com eleitores na periferia.”
Mesmo que a igreja e seus bispos se declarem neutros, acredito que a neutralidade é algo complicado mais é ainda preferível que seja assim, as alas que possuem tendências mais midiáticas, possuem uma capacidade enorme de garantir seus candidatos. Lembremos que estas tendências religiosas criaram um grande “debate” em torno do aborto e por objetivo de atacar uma das candidaturas na ultima eleição a presidência do Brasil.
“D. Odilo não quis se pronunciar sobre a possível influência do movimento dos carismáticos em favor de Gabriel Chalita (PMDB)”.
Acredito que os carismáticos possuem o direito de defender candidatos que julguem serem os melhores. Mas é complicado que a canção nova tenha esta ambição de eleger candidatos que estejam a seu favor, pois sendo um canal de TV radio e tendo um concessão publica não pode ser tendenciosas no apoio mesmo que informal. Infelizmente este e o mau do Brasil quem tem a comunicação têm o poder que tem a elite de seu lado.
Agora vamos analisar isso tudo com uma visão critica, ate hoje os militantes das pastorais sociais, das cebs, da Pastoral da Juventude, são taxados por vários bispos padres e movimentos eclesiais de POLITIQUEIROS.
A Teologia da Libertação ate hoje se pronunciada se torna palavras demoníacas, já vi ate padre se benzer quando se fala em Libertação. É reconhecido vários erros e caminhos não tão acertados da TL e das próprias pastorais sociais nas décadas de 1980, mas que com muita resistência de seus militantes buscam viver caminhos de comunhão e busca da Civilização do Amor. A 10 anos sou militante da PJ, sempre vi e participei de debates políticos, mas nestes 10 anos nunca vi usarem o espaço eclesial para fazer campanha para determinados candidatos. Claro, cada um tem seus candidatos. Mas em espaços oficiais não se defendem nomes e nem partidos.
E podemos justificar isso com militantes e ate coordenadores que são ligados a partidos de direitas com pensamentos ultras conservadores como os DEM e o PSDB.

A contradição esta em ainda hoje os militantes que ainda acreditam na opção pelos pobres serem taxados de politiqueiros e partidaristas. Enquanto os movimentos de cunho conservadores e com apoio das elites burguesas de nossa nação so estão fazendo a vontade de Deus.

Seja como for a tomada de decisão fazemos políticas, uns em defesas dos pobres e não como base as ideologias e sim o que se aprendeu na própria igreja através do evangelho. Outros com leituras não tal social do evangelho olham a política como um espaço de crescer nas influencias sem perceberem os mais pobres.

Então é necessário que esta farsa de que “a pastoral é ideológica” seja eliminada, pois a defesa de partido nada evangélico também é ideologia. E eu prefiro entre as ideologias dos pobres e as ideologias dos ricos ficarem com as ideologias dos pobres. (mesmo tendo certeza que minha defesa dois pobres se da por que eu acredito em JESUS CRISTO)

Será que veremos críticas da hierarquia sobre estas posturas dos movimentos carismáticos por eles serem politiqueiros?

2 comentários:

Dirceu Ilha disse...

Acho Chalita o mais próximo das palavras cristãs, afinal já foi coroinha e seminarista, e ainda continua em sua crença.

Louise disse...

Belíssimo artigo, muito bem escrito. Não sou católica então não compreendo muito bem as doutrinas da igreja, mas sou estudante e como tal aprendi a enxergar verdade nas palavras de Gabriel Chalita e creio ser impossível uma pessoa enganar a tandos por tanto tempo.