Não creio que tudo isso seja habitual
Como não sei ser apropriado intelectual
Falo de afetos distraídos ao meu cálice
Do vinho não bebido por responsabilidade
O ocaso como dama sem dono incrimina
O álcool que inebria as razões lúcidas
Contornando a ausência como tortura abundante
Dos meus derrocados saberes teóricos do coração
Não resta proferir versos prosaicos ao inalcançável
E mentir ao íntimo as dores que destroçam a razão
Dissolvendo em garrafas semi-vazias a perdição
Dos demônios que prendem o espírito ingênuo
Nostalgia de um passado não vivido inteiramente
Afrontando contra o tempo a mutação do não incerto
Em devaneios despertos pelo apócrifo que mentem sem pena
Lastima dos vinhedos que não abonam uma definição ao tempo
Ao lado das oscilações
uma taça maculado de recursos
Embaraçando as sátiras da história feita em aquarela solúvel
A verbalização esquiva por covardia do vinho em complemento
O entardecer advém frio entre os olhos que se cerram na miragem
do cálice
Rodrigo Szymanski
22/04/12
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