Nos tambores de palmares meu coração pulso
em um toque do atabaque de resistência entrei na dança.
De moleque arteiro
olho em um passado não remoto e vejo nossos ancestrais em troncos.
Um grito de dor da mãe áfrica por seus filhos tirados de seu seio.
Uma dança-luta de resistência para esquecer a saudade.
Um quilombo de sonhos.
Uma dor pelas chibatas...
Um sonho de amor pela vida.
No toque do tambor uma cor de pele parecida com a terra nova.
No toque dos atabaque eu aprendi a dançar, o gingado de resistir.
Das senzalas não distante, as nossas periferias.
Liberdade vamos todos gritar...
Sem casa grande nem senzalas
sem classe, cor, credo ...
Povos unidos...
Dos nossos ancestrais a herança da alegria.
Nós negros resistentes
dançando a memória dos quilombos ...
Nós negros cativos livres e resistentes...
Nós negros em resistência sem cor negra...
Nós negros em irmandade e camarada...
Nós negros dos novos quilombo e da nova liberdade ...
Nós que não somos mas estamos juntos nesta negritude.
ROdrigo szymanski
Nenhum comentário:
Postar um comentário