quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nos negros Nos negros

Nos tambores de palmares meu coração pulso
em um toque do atabaque de resistência entrei na dança.
De moleque arteiro
olho em um passado não remoto e vejo nossos ancestrais em troncos.
Um grito de dor da mãe áfrica por seus filhos tirados de seu seio.
Uma dança-luta de resistência para esquecer a saudade.
Um quilombo de sonhos.
Uma dor pelas chibatas...
Um sonho de amor pela vida.
No toque do tambor uma cor de pele parecida com a terra nova.
No toque dos atabaque eu aprendi a dançar, o gingado de resistir.
Das senzalas não distante, as nossas periferias.
Liberdade vamos todos gritar...
Sem casa grande nem senzalas
sem classe, cor, credo ...
Povos unidos...
Dos nossos ancestrais a herança da alegria.
Nós negros resistentes
dançando a memória dos quilombos ...
Nós negros cativos livres e resistentes...
Nós negros em resistência sem cor negra...
Nós negros em irmandade e camarada...
Nós negros dos novos quilombo e da nova liberdade ...
Nós que não somos mas estamos juntos nesta negritude.

ROdrigo szymanski

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