Se calarem a voz dos Profetas...

Ser profeta, eis nossa difícil e árdua (mas prazerosa) missão. Somos convidados a sermos anunciadores do Reino, mas qual Reino queremos anunciar? Queremos um Reino de igualdade, onde todos tenham pão na mesa, pois “É Jesus esse pão de igualdade, Viemos pra comungar, Com a luta sofrida do povo que quer ter voz, ter vez, lugar”. Não desejamos comungar do pão dos injustos, que com falsos “valores cristãos” pregam um amor cínico, baseado nos lucros e nos seus bel-prazeres.

Queremos anunciar um reino de justiça, fraternidade e paz. Onde os poderosos não tenham espaços, pois, “O poder tem raízes na areia, o tempo faz cair. União é a rocha que o povo usou pra construir...” e o povo seguira caminhando e construindo o Reino, alicerçado pelo amor, pela justiça, pela esperança dos pobres.

Mesmo que tentem nos calar, permaneceremos sempre com a voz pronta a sair em grito de indignação, em sinal de profecia, anunciando o Reino, pois “Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão. Se fecharem os poucos caminhos, mil trilhas nascerão”. Somos-nos os restos do povo escolhido, os caminhante de um novo êxodo, que busca a nova terra prometida.

E assim continuemos caminhando, em busca na construção, pronunciando as profecias, pois somos sinais proféticos do Reino. E não somos movidos pelo desejo de ter, somos movidos pelo Espírito, pois “O Espírito é vento incessante, que nada há de prender. Ele sopra até no absurdo, que a gente não quer ver”.

Ainda que anunciem nosso fim e cantem vitorias sobre nossa resistência, podemos gritar que “Muito tempo não dura a verdade, nestas margens estreitas demais Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais”, sabemos e confiamos como o prometido que “Nosso Deus fica ao lado dos pobres”.

Em comunidade de irmãos/as, seguimos caminhando e resistindo as dores da opressão, pois sabemos que “Comungar é tornar-se um perigo, Viemos pra incomodar Com a fé e união nossos passos um dia vão chegar”

Rodrigo szymanski

01/02/2011