No horizonte se vê um menino
Ele dança e canta
Como se o entardecer não existisse
Seus movimentos desvendavam sabedoria
Próximo dele o extermínio
Caveiras trasvestidas de homens/mulheres
Em meio a artefatos de tramas monstruosas
Ritmos compassados por linhas de fabricação
Em meio à extinção progressiva do ser humano
Aquele menino era semente
Que bailava com os ventos e flores
Era enredo do novo que insistia em existir
As matas caiam ao acelerado tempo do progresso
Os rios eram lama de sangue inocentes
A esperança não existia para o amanhã
Os homens/mulheres faleciam com o meio
Chibatas e correntes amedrontavam
A todos que vivem em um mundo de submissão
Mais aquele menino permanecia a dançar
Pois não tinha medo dos monstros
Pois estavam a passos de devorá-lo
O menino resistia... E sorria
Era sua harmonia com a terra mãe
Que não consentia os demônios de tomá-lo
Sua arma era sua entrega ao chão
Mesmo que a opressão permaneça
Aos poucos todos saíam admirando o menino
As maquinas endureciam e afastaram-se
E os homens/mulheres voltavam a sonhar
Rodrigo szymanski
31/05/10
Um comentário:
belas palavras...
garnde abraço
Postar um comentário