sexta-feira, 3 de abril de 2009

Escrevo em nome

Escreve poesia em codinome do amor
Deste amor encontrado em solidões amarguradas de porões
Um amor solido como areia em dunas de praia melancólico
Escrevo em nome do dia que brota amanha
Que firma o sol no nascente de um poente mar azul
Em nome da alegria de dizer te amo
Cantos sombrios de uma sala vazia de nada
Registro em nome do amor maior dos amores
Um amor que não se torna meu e teu mais eternizado aos que viram
Digo palavras ditas sem pensar em meus dias de criança
Acabo por amargurar a noite asilada
Escrevo a ti que se coloca em minha direção adequada
Dizendo-me que amas existir assim comigo
Descobri que não escrevo a mim
Escrevo a todos aqueles que sabem ler
Cada palavra que falo em nome de rosas caídas após o vento
Pedras que não sabem voar com medo da queda
Escrevo amor, em nome dos amores
Não amores reservado a mim
Pois a mim só tu que amo
Sinto no ecoar do sino da missa um tempo
Um badalo alheio
Escrevo amor por amor a vida
Aos tristes bares noturnos que ficam bebendo o dia
A menina em nome do desgosto de sofrer pelo príncipe que não vira
Ao homem que sonha com a mais bela mutação
Escrevo em nome de vocês que amam
Que sabem viver mesmo no longínquo de uma vida a morte
Escrevo eu meu nome e no teu, este sim amor só nosso
Escrevo, pois um dia me falaram que não seria competente
Em nome do amor e da vida
Ao dia que chegara trazendo a noticia de minha bem amada
Ao sono que me faz sonhar com você
Escrevo por ser odiado
Escrevo, pois sou amado


Rodrigo Szymanski

Um comentário:

Abimael Borges disse...

Olá Rodrigo, achei teu blog por acaso, gostei dos poemas, também escrevo e tenho um blog...
continue escrevendo, vc tem talento rapaz
abraço