segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

solidão

Eis que a solidão me consome com seus vermes de esperanças
O vazio de meu ser se torna cheio de nada
Penso no que não vira
Penso que não serei o amanha
Minha pura solidão ao delírio de um sonho
Sobre imagens repetidas você cantando “eu te amo”
Em meu peito queima a falta de tudo que nada pode ter
Distancia entre pontes e rios
Quedas inevitáveis em nome da razão chamada paixão
Solidão de pedra ao monte-mosteiro
Palavras que saem de bocas sem voz
Meus braços na espera da esperança
Escuto seus passos
Solidão amarga como o mate na cuia
Espero já sem esperança
Seu beijo que vira após o nada
Solidão que faz de mim homem sem vida
Solidão que aprendo a viver o prazer de estar vivo

Rodrigo Szymanski

3 comentários:

Anônimo disse...

é chuchu! realmente o alimento do vazio é foda! A pseudosaciedade...

Anônimo disse...

é chuchu! realmente o alimento do vazio é foda! A pseudosaciedade...

Uilian disse...

Não sabia que vc escrevia...e tão forte, profundo. Creio que irás gostar de ler: Fagundes Varela, Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos, entre outros. Tirando um certo pessimismo existente em seus versos, é muito bonito o que escrevem, você deve gostar: de um lirismo incrível, grande sonoridade e principalmente, profundos, tão profundos quanto suas palavras. Abraços e parabéns!